domingo, 6 de novembro de 2016

Beat Generation: O leilão da 'Joan Anderson Letter', 'On The Road' e o legado dos Beats! - Marcos Doniseti!

Beat Generation: O leilão da 'Joan Anderson Letter', 'On The Road' e o legado dos Beats! - Marcos Doniseti!
Trecho da carta original de 18 páginas que foi escrita por Neal Cassady e na qual ele usou a técnica de 'fluxo de consciência'. Cassady enviou a carta para Kerouac, que devido à sua leitura, decidiu escrever 'On The Road' usando a mesma técnica.
Em Dezembro de 2014 eu escrevi e postei, aqui no blog, dois textos a respeito da descoberta da carta que Neal Cassady enviou para Jack Kerouac (datada de 17 de Dezembro de 1950), e que inspirou e influenciou o genial 'católico solitário, louco e místico' de origem franco-canadense a escrever 'On The Road' usando da técnica de 'fluxo de consciência'. 

Segundo Jack Kerouac, a carta de Cassady (que não foi a única... tivemos outras) tinha cerca de 40 mil palavras páginas e o mesmo a escreveu em três dias, sob o efeito de Benzedrina. 

Jerry Cimino, responsável pelo 'Beat Museum', de São Francisco, disse o seguinte a respeito da descoberta da 'Joan Anderson Letter': 

"É o maior achado da história da Beat Generation. Isso é ainda mais importante do que o manuscrito original de 'On The Road'... Esta é a carta que levou Jack Kerouac a mudar o seu estilo de escrever, de um jeito bastante sério, de um estilo influenciado por Thomas Wolfe, para a 'Prosa Bop espontânea' que Kerouac usou em 'On The Road'.".

Kerouac já havia feito várias tentativas de escrever 'On The Road', mas não tinha sido bem sucedido, por não conseguir encontrar o jeito certo de fazê-lo. Até que ele recebeu a carta de Neal Cassady e, pronto, veio o estalo, permitindo que ele começasse a escrever o livro, o que acabou fazendo em três semanas, durante o mês de Abril de 1951, ao som de Jazz e bebendo muito café, devidamente misturado com Benzedrina. 

A maneira livre, rápida, fluída e espontânea com que Neal Cassady escreveu a carta levou Kerouac a usar da mesma técnica ao escrever o clássico 'On The Road', que se transformou em um grande sucesso (já vendeu mais de 3,5 milhões de cópias), quando o mesmo foi publicado em 1957, embora a edição original tenha passado por muitas alterações para que pudesse ser publicado. 
Capas de três livros essenciais da Beat Generation: On The Road (Jack Kerouac, 1957), Uivo (Allen Ginsberg, 1956) e Almoço Nu (William Burroughs, 1959) que foram lançados no Brasil.

A 'Joan Anderson Letter' ficou desaparecida por várias décadas e os próprios Beats pensavam que ela havia se perdido. As chances de encontrá-la eram muito remotas, mas isso acabou acontecendo, felizmente (ver links abaixo, onde conto a história de como isso ocorreu). 


Nesta carta, Neal Cassady relatava o seu envolvimento amoroso com uma jovem chamada Joan Anderson, no ano de 1946, sendo que a sua escrita tinha uma forma muito mais livre e fluída, o que acabou agradando e muito a Kerouac. E justamente por isso é que ela entrou para a história com o nome de 'Joan Anderson Letter'. 

Pois esta antológica carta, que é uma espécie de documento fundador (um 'Santo Graal') da Literatura Beat, foi a leilão recentemente nos EUA (em Junho deste ano). Porém, o elevado valor mínimo exigido para a sua venda (US$ 400 mil dólares) não foi atingido. O máximo a que se chegou foi o valor de US$ 380 mil dólares. 

Assim, ela continua sem comprador, mesmo sendo um dos mais importantes documentos literários do século XX.  

Kerouac, a Prosa Bop espontânea, o Jazz e o Manuscrito original de 'On The Road'!

Quando tivemos a venda do manuscrito original de 'On The Road', em Maio de 2001, o mesmo foi comprado pela espantosa quantia de US$ 2,430 milhões de dólares, que é o maior valor já pago por um manuscrito literário. 
A Santíssima Trindade da Beat Generation: Jack Kerouac, Allen Ginsberg e William Burroughs no campus da Columbia University, em 1945. A influência das obras que realizaram foi imensa nas décadas seguintes. 

Kerouac chamou essa técnica literária, que foi utilizada por ele em 'On The Road', de 'Prosa Bop Espontânea', pois ele desejava escrever da mesma forma que os músicos de Jazz Bop faziam os seus improvisos, sendo que a sua maior influência foi Charlie Parker. 


É bom dizer que Kerouac conhecia profundamente o Jazz e chegou a escrever textos a respeito do assunto, frequentou inúmeros shows do estilo e até chegou a se tornar amigo de Lester Young, um dos mais geniais e talentosos jazzistas da história.

O Jazz sempre foi a grande paixão musical dos Beats, até porque quando eles viajaram pelos EUA e pelo mundo e escreveram as suas obras, o Rock'n'Roll ainda não havia estourado ou então ainda era um estilo musical em desenvolvimento, que atingiria o seu ápice criativo na década de 1960.

A música que mexia com os Beats era, sem dúvida alguma, o Jazz. Em 'On The Road' (livro e filme) um artista que se destaca bastante é Slim Gaillard, cujas músicas são cantadas por Cassady (Dean Moriarty) e Kerouac (Sal Paradise), sendo que este último diz que Gaillard é Deus. 
Jack Kerouac, Lucien Carr e Allen Ginsberg, em 1955. Lucien Carr acabou se afastando do grupo e levou uma vida convencional, devido ao fato de ter assassinado David Kammerer, que era obcecado por ele e que o perseguia há muitos anos. Carr ficou preso por dois anos em um reformatório e, depois, foi libertado. 

Posteriormente, principalmente nos anos 1960 e, também, nas décadas seguintes, os nomes mais importantes da Beat Generation após a morte de Kerouac (que ocorreu em 21/10/1969), Allen Ginsberg e William Burroughs, se ligaram a muitos músicos de Rock, incluindo Bob Dylan, David Bowie, Patti Smith, Kurt Cobain, entre muitos outros. 


O manuscrito original de 'On The Road' era um longo texto, sem parágrafos, sem vírgulas, escrito em um rolo de telex de 40 metros, cujas várias partes Kerouac uniu, a fim de poder escrever, sem parar, até a conclusão do livro, o que ele fez em um período de três semanas. 

O rolo de telex que foi usado por Kerouac lhe foi fornecido pelo amigo Lucien Carr (que obteve o mesmo na UPI, agência de notícias na qual ele trabalhava), que fazia parte do grupo Beat original e que foi quem apresentou Ginsberg, Kerouac e Burroughs. 

Embora não tenha escrito nenhum livro, Lucien Carr estimulava os amigos a escrever de uma forma totalmente inovadora, rompendo com os conservadores e ultrapassados padrões literários que imperavam nos EUA nas décadas de 1940 e 1950. Ele mesmo não tinha o talento para criar tal literatura, mas Allen Ginsberg disse que Carr foi muito importante, pois era a cola que mantinha o grupo Beat unido. 
As mulheres fizeram parte da Beat Generation, sim, mas elas eram duramente reprimidas. Gregory Corso disse que os homens podiam se rebelar, nos anos 1950, mas as mulheres não. E muitas delas foram parar em hospitais psiquiátricos. 

Lucien Carr continuou sendo amigo dos Beats, mesmo depois que se afastou do grupo e decidiu viver uma vida convencional, casando-se duas vezes e tendo três filhos. 


Obs1: A história da participação de Lucien Carr no movimento Beat original é contada no livro 'E os Hipopótamos foram cozidos em seus tanques', de Jack Kerouac e William Burroughs, e no bom filme 'Kill Your Darlings' (de 2013). O livro 'Howl' ('Uivo') foi dedicado para ele, por Ginsberg, na primeira edição. Porém, Carr pediu que a referência a ele fosse retirada, o que aconteceu a partir da segunda edição da obra, pois havia modificado radicalmente o seu modo de vida. Apesar disso, ele continuou amigo dos Beats. 

As mudanças no manuscrito original, a crítica de Gilbert Millstein e a busca espiritual dos Beats! 

No entanto, a editora que publicou 'On The Road' (Viking) exigiu que o livro passasse por inúmeras mudanças, a fim de poder publicá-lo, tais como: 

A) Redução do número de páginas (foram cortadas cerca de 140); 
B) Uso de pseudônimos, a fim de se evitar processos judiciais por parte das pessoas citadas na obra; 
C) Amenizar o conteúdo explicitamente sexual e de consumo de substâncias ilegais no livro (drogas...);
D) Estruturar o livro de forma tradicional, dividindo o mesmo em capítulos, parágrafos, pontos e vírgulas. 

Com isso, o próprio Kerouac foi obrigado a reescrever o livro, deixando-o mais de acordo com a vontade da editora. E a própria editora completou o serviço depois, promovendo novos cortes. 
Trecho do vídeo 'Subterraneam Homesick Blues', de Bob Dylan, de 1965, que conta com a participação de Allen Ginsberg. A letra da música é sobre um jovem beatnik que recebe conselhos para abandonar aquela vida alternativa e voltar a ser um jovem careta e bem comportado. O Prêmio Nobel de Literatura que Dylan recebeu neste ano não deixa de ser uma homenagem indireta aos escritores Beat, que exerceram uma influência imensa sobre ele. 

Apesar de não ter gostado de tantas mudanças, Kerouac ficou na maior expectativa quanto à publicação do livro. E quando isso aconteceu, o sucesso do mesmo foi quase que imediato.


Contribuiu muito para esse imenso sucesso de 'On The Road' a publicação de uma crítica, bastante elogiosa ao livro, no 'The New York Times', por Gilbert Millstein, em Setembro de 1957. 

A crítica de Millstein fez com que 'On The Road' se tornasse um grande sucesso e transformou Jack Kerouac em uma verdadeira celebridade, da noite para o dia, fato este com o qual ele nunca soube lidar muito bem e que contribuiu para que o alcoolismo o consumisse em seus últimos anos de vida, colaborando bastante para a sua morte precoce em 21/10/1969, com apenas 47 anos de idade. 

O esgotamento emocional pelo qual Kerouac passou depois disso acabou resultando em um novo livro: 'Big Sur', que trata de um período em que ele ficou, sozinho, em uma cabana que pertencia a Lawrence Ferlinghetti, que é um dos principais nomes da Beat Generation. 
David Bowie e William Burroughs entrevistaram um ao outro em 1973. E o resultado foi impagável (ver link abaixo).

Obs2:
Ferlinghetti está com 97 anos e, além de ser um poeta de primeira grandeza, ele também foi fundamental para divulgar e promover a Literatura Beat, com a sua editora (a City Lights) tendo sido o responsável por publicar 'Howl' ('Uivo'), de Allen Ginsberg, ainda em 1956. Na época, a publicação do livro gerou um processo por obscenidade e o julgamento acabou servindo como propaganda da obra, que vendeu vários milhões de exemplares. 


Uma das razões pela qual a Viking exigiu que o livro de Kerouac fosse modificado é que no manuscrito original de 'On The Road' tínhamos inúmeros personagens com os seus nomes verdadeiros e o mesmo mostrava um grupo de pessoas vivendo de forma alternativa, o que significava que elas bebiam muito, fumavam muito (maconha...), se drogavam muito (benzedrina...), faziam muito sexo, viajavam muito e não estavam nem um pouco interessadas em trabalhar em um emprego das '09 às 17 horas', como fazia a imensa maioria dos estadunidenses. 

Tudo isso fez com que a Viking temesse a abertura de inúmeros processos judiciais por parte das pessoas citadas na obra, o que obrigou Kerouac a usar de pseudônimos para todos os personagens. 
Carl Solomon, Patti Smith, Allen Ginsberg e William Burroughs. A influência da Beat Generation sobre o Rock foi gigantesca e muitos dos mais criativos e talentosos artistas do estilo reverenciam os Beats. Jim Morrison, David Bowie, Michael Stipe e Kurt Cobain também fazem parte da lista.  

Enfim, o livro era sobre um grupo de pessoas (os Beats) que rejeitava explicitamente o 'American Way of Life', com suas instituições autoritárias e repressivas, seus valores conservadores, seu anticomunismo patético (era a época do odioso e repugnante Macarthismo), seu racismo, seu conformismo ridículo, seu consumismo desenfreado, sua homofobia, sua perseguição a quem não se enquadrava nos padrões e valores dominantes na sociedade. 


Os Beats estavam mais interessados em descobrir a 'alma da América', em se conectar com o mundo espiritual e em ver a face de Deus. 

Assim, a turma da 'Beat Generation' tinha, sim, a ambição de estabelecer uma conexão com o mundo espiritual e cada um deles procurou fazer isso de um jeito diferente. Assim, Gary Snyder tornou-se um mestre Zen Budista; Ginsberg e Burroughs faziam uso de alucinógenos; Kerouac mergulhou no Catolicismo, foi buscar isso no Budismo e, depois, voltou ao Catolicismo. 

Em uma oportunidade, quando foi questionado sobre o que ele queria, Kerouac respondeu 'Quero que Deus me mostre a sua face'. 
Bob Donlin, Neal Cassady, Allen Ginsberg, Robert Lavigne e Lawrence Ferlinghetti, em frente à livraria City Lights, em São Francisco, em 1955.  

Os Beats, o Cinema e o seu Legado!


Nos últimos anos o Cinema tem levado às telas alguns dos principais livros e histórias da 'Beat Generation', incluindo o próprio 'On The Road' (2012, direção de Walter Salles), 'Howl' (2010, 'Uivo'), 'Naked Lunch' (1991, com direção de David Cronenberg), 'Big Sur' (2013) e 'Kill Your Darlings' (2013). 

Tais filmes tem gerados resultados distintos e bastante polêmica, agradando a alguns fãs dos Beats, mas desagradando a outros. Nem sempre eles conseguem mostrar toda a multiplicidade existente no universo da 'Beat Generation', que não foi apenas um movimento que procurou promover uma mudança no comportamento das pessoas, mas também foi um movimento literário, que gerou imensas repercussões nas décadas seguintes, e cujos integrantes promoveram uma autêntica busca espiritual. 

Alguns filmes a respeito da Geração Beat tem privilegiado esse último aspecto, o da rebeldia deles contra o moralismo hipócrita e o conservadorismo da sociedade da época e, com isso, tais filmes mostram o uso (e abuso...) de álcool, drogas, a prática de sexo sem preconceitos e a diversão sem fim por parte dos Beats.  

Os Beats fizeram tudo isso? Sim, sem dúvida. Mas eles não se limitaram a fazer tais coisas. Eles liam muito, debatiam muito sobre Literatura, passando noites inteiras em discussões intermináveis a respeito da obra de Rimbaud, Whitman, Céline, Dostoievski, Proust, entre outros escritores já citados aqui. 
Três das principais escritoras Beat: Diane di Prima, Anne Waldman e Lenore Kandel. Como disse Gregory Corso: “Houve mulheres, estiveram lá, eu as conheci, suas famílias as internaram, elas receberam choques elétricos. Nos anos 1950, se você era homem, podia ser um rebelde, mas se fosse mulher, sua família mandava trancá-la. Houve casos, eu as conheci, algum dia alguém escreverá a respeito.”

Logo, a busca espiritual dos Beats (por meio do Budismo, do Catolicismo, do Hinduísmo, do uso de drogas alucinógenas, do LSD), e a sua formação literária (que era bastante sofisticada... Eles eram profundos conhecedores das obras de Dostoievski, Blake, Céline, Rimbaud, Proust, Joyce, Whitman, entre muitos outros) foi negligenciada em alguns destes filmes. 


Neste aspecto, entendo que 'Kill Your Darlings' seja o melhor dos filmes Beat que foram produzidos nos últimos anos, pois mostra o quanto os Beats estavam imbuídos da intenção de promover uma revolução literária nos EUA naquela época, cujas universidades eram profundamente conservadoras.

E eles conseguiram. 

A influência da Beat Generation sobre a Literatura, a Poesia, o Rock a Contracultura dos anos 1960, o movimento Hippie, os movimentos em defesa do meio ambiente, o movimento contra a Guerra do Vietnã, a defesa do Pacifismo, a valorização da lutas das mulheres (sim, elas participaram do movimento Beat, mas foram duramente reprimidas pela sociedade e por suas famílias em função disso, sendo tratadas como se fossem loucas), bem como a importância que davam a outras culturas (como as do Oriente) são inegáveis. 

Então, se atualmente as pessoas desfrutam de uma liberdade muito mais ampla e vasta do que aquela que os próprios Beats puderam desfrutar em sua época (anos 1940 e 1950) isso se deve, sem dúvida alguma, em grande parte, às suas obras, às suas buscas espirituais e às suas atitudes, que tiveram um alcance muito maior do que eles sonhavam quando se reuniram para começar a divulgar a sua 'Nova Visão'. 
'Kill Your Darlings' é o filme que prioriza o aspecto literário da Beat Generation, mostrando que os Beats tinham, desde o início, a intenção de promover uma verdadeira revolução na literatura produzida nos EUA. Outra característica importante do movimento foi a valorização da amizade. Os Beats foram amigos durante todas as suas vidas. 

Links:


Joan Anderson Letter é descoberta:

http://popeseries.blogspot.com.br/2014/12/carta-de-neal-cassady-que-inspirou.html

Começa a batalha judicial pela propriedade da 'Joan Anderson Letter':

http://popeseries.blogspot.com.br/2014/12/batalha-judicial-por-joan-anderson.html

Leilão da 'Joan Anderson Letter' termina sem comprador:

http://www.huffingtonpost.com/regina-weinreich/what-price-kerouac-the-jo_b_10557450.html

Manuscrito original de 'On The Road' foi vendido por US$ 2,430 milhões:

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2001/010523_kerouac.shtml

Leilão da 'Joan Anderson Letter':

http://www.christies.com/features/Neal-Cassady-long-lost-letter-to-Jack-Kerouac-comes-to-auction-7393-1.aspx

'On The Road' ganha nova edição da L&PM Editores:

http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/2015/03/1601731-on-the-road-traduzido-por-eduardo-bueno-ganha-nova-edicao.shtml

William Burroughs e o seu 'Almoço Nu':

http://www.diretorioliterario.com/2014/03/comentarios-sobre-industria-de-consumo_19.html
O manuscrito original de 'On The Road' foi lançado, nos EUA, apenas em 2007, 50 anos depois que a sua versão bastante alterada foi lançada (Setembro de 1957). 
O uivo vivo de Allen Ginsberg:


Jack Kerouac, Geração Beat, Literatura e Cinema - por Claúdio Willer:

http://popeseries.blogspot.com.br/2013/03/jack-kerouac-geracao-beat-literatura-e.html

As mulheres da Beat Generation:

http://violettecollective.com/las-mujeres-beatniks-que-nos-ocultaron/

As mulheres esquecidas da Beat Generation:

https://www.taringa.net/posts/arte/18565805/Las-mujeres-en-la-Generacion-Beat.html

As mulheres da Geração Beat - Elise Cowen:

https://blocodenotasaleatorias.wordpress.com/2015/04/07/mulheres-da-geracao-beat-o-indizivel-nos-cadernos-de-elise-cowen/

Carolyn Cassady morre aos 90 anos:

http://oglobo.globo.com/cultura/carolyn-cassady-escritora-da-geracao-beat-morre-aos-90-10119162

Folha de Poesia - Matérias sobre os Beats e poesias de Ginsberg:

http://folhadepoesia.blogspot.com.br/2016/04/wales-visitation-ginsberg.html

David Bowie e William Burroughs: Um entrevista o outro em 1973:

http://www.socialistamorena.com.br/entrevistas-historicas-william-burroughs-entrevista-david-bowie-e-vice-versa/

Texto analisando 'On The Road', 'Uivo' e 'Almoço Nu':

http://www.tempomoderno.com.br/2013/01/livros-on-road-uivo-almoco-nu.html

William Burroughs interpretando 'Star Me Kitten', do R.E.M.:

Vídeo - Bob Dylan em 'Subterranean Homesick Blues': 



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