segunda-feira, 28 de novembro de 2016

'Le Quai des Brumes' (Cais das Sombras): Carné mostra uma França desiludida, enfraquecida e fragmentada em plena era de ascensão do Nazi-Fascismo!

'Le Quai des Brumes' (Cais das Sombras): Marcel Carné mostra uma França desiludida, enfraquecida e fragmentada em plena era de ascensão do Nazi-Fascismo! - Marcos Doniseti!
'Cais das Sombras', de Marcel Carné, é um dos clássicos do Realismo Poético francês da década de 1930. Esse movimento cinematográfico influenciou o Filme Noir (EUA) e o Neo-Realismo italiano.
O Realismo Poético Francês e a França dos anos 1930!

O chamado 'Realismo Poético' foi um movimento cinematográfico que se desenvolveu na França durante a década de 1930. Entre os principais cineastas que são inseridos no gênero temos: Marcel Carné, Jean Vigo, Jean Renoir, Julien Duvivier e Jacques Feyder. 


Para se compreender melhor os filmes deste importante movimento da história do Cinema é importante conhecer o contexto histórico durante o qual o mesmo se desenvolveu. 


Nos anos 1930 tivemos a 'Grande Depressão', que jogou a economia capitalista globalizada na pior crise de toda a sua história, provocando desemprego, pobreza, fome e miséria em grande escala, em todos os países: EUA, Alemanha, Grã-Bretanha, França, Itália, América Latina. As taxas de desemprego dispararam, chegando a 44% na Alemanha e a 33% nos EUA no início de 1933. 

Isso fez com que surgisse uma nova geração de produtores e de cineastas, na França, que passou a realizar uma série de filmes que mostravam a realidade de pobreza, miséria, desespero, injustiças, desilusão e violência que grassava pelo país. 
Jean e Nelly se conhecem e se apaixonam, passando a acreditar que poderiam ser felizes juntos. Nesta cena, Carné parece ter feito uma moldura para ambos. 

Assim, tivemos o início do que se chamou de 'Realismo Poético' e que resultou na produção de inúmeros clássicos do Cinema francês e mundial. Tais filmes exerceram uma significativa influência sobre a produção cinematográfica mundial nas décadas seguintes, tal como se pode comprovar assistindo-se aos filmes do Policial Noir americano (vide a belíssima fotografia deste 'Cais das Sombras') e do Neo-Realismo italiano.


Nos filmes do 'Realismo Poético' francês tudo formava uma unidade: a fotografia, a atuação, os diálogos, a posição das câmeras. 

Além disso, a França da década de 1930 é uma nação fragmentada, desunida, sendo bastante dividida política e ideologicamente, com as forças pró-Fascismo (fascistas, nazistas, monarquistas conservadores, antissemitas) e anti-Fascistas (socialistas, comunistas, anarquistas, radicais, liberais e alguns Conservadores) se enfrentando de forma cada vez mais intensa, algo que também aconteceu em inúmeros outros países. 

Esse processo de divisão e de radicalização política e ideológica acabou dividindo e enfraquecendo a França, que se via cada vez mais ameaçada pelo fortalecimento dos regimes Nazista (Alemanha) e Fascista (Itália), suas rivais diretas na disputa pelo domínio europeu e das colônias. 

E para agravar ainda mais a visão pessimista da vida e do mundo que os filmes do 'Realismo Poético' divulgavam, na vizinha Espanha tivemos a 'Guerra Civil', que levou o general Francisco Franco (aliado de Hitler e de Mussolini) ao poder. 
Dana Andrews e GeneTierney em 'Laura', filme de Otto Preminger, de 1944. 'Laura' foi um dos principais clássicos do Filme Policial Noir, que foi bastante influenciado pelo 'Realismo Poético' francês. 

A 'Guerra Civil Espanhola' gerou uma imensa destruição e provocou a morte de cerca de 400 mil pessoas, terminando com a vitória do General Francisco Franco, vitória essa que foi alcançada, em grande parte, graças ao decisivo apoio dos governos de Hitler e Mussolini, que implantou uma brutal ditadura no país. 


O regime ditatorial franquista somente foi derrubado em 1975, após a morte de Franco, cujo brutal regime de governo matou cerca de 1.600.000 pessoas após o fim da Guerra Civil, fazendo um total de 2 milhões de vítimas durante quase 40 anos (1936-1975).

Além disso, na própria França existia, nesta época, uma parcela significativa da população que nutria uma grande simpatia pelo Nazi-Fascismo, pois o anti-comunismo e o anti-esquerdismo da burguesia e da classe média francesas eram mais fortes do que os temores que elas possuíam em relação às pretensões imperialistas de Hitler e Mussolini. 

Obs1: No Brasil também ocorreu esse processo de radicalização política e ideológica com, por exemplo, os membros da ANL (Aliança Nacional Libertadora), liderada por Luiz Carlos Prestes, enfrentando os militantes integralistas em verdadeiras batalhas de rua. O Integralismo foi a versão brasileira do Nazi-Fascismo e foi liderado por Plínio Salgado, Miguel Reale e Gustavo Barroso. Todas as principais características do Nazi-Fascismo estavam presentes no Integralismo brasileiro: O autoritarismo, a disciplina e a hierarquia rígidas, o anti-semitismo, o culto ao líder, o militarismo, a xenofobia. 
Jean e Nelly vivem breves momentos de felicidade. 

Em 1936 a França chegou a eleger um governo progressista, da chamada 'Frente Popular', tendo um Primeiro-Ministro socialista e judeu (Léon Blum), que promoveu importantes reformas sociais e econômicas: adoção da jornada de 40 horas semanais e do descanso semanal remunerado; nacionalização da indústria de armamentos, entre outras. 


Tais medidas eram inaceitáveis para grande parte das forças direitistas francesas, que eram anti-comunistas e anti-semitas e simpatizavam com o Nazi-Fascismo. Nesta época, as forças direitistas francesas demonstravam tal ódio pelo governo progressista do país que o lema delas era 'Antes Hitler, do que a Frente Popular'. 

A divisão da sociedade francesa em movimentos políticos rivais e a admiração de muitos franceses pelo Nazi-Fascismo acabou enfraquecendo e dividindo o país, permitindo que a França fosse facilmente conquistada pelos nazistas em Maio/Junho de 1940, após uma campanha militar que durou menos de dois meses. 

Enquanto que na Primeira Guerra Mundial os alemães permaneceram por mais de 4 anos lutando dentro do território francês sem que jamais tenham conseguido conquistar o país, na Segunda Guerra Mundial a conquista da França pelos alemães se deu de forma extremamente rápida, o que foi uma surpresa para o próprio Hitler e para os líderes e generais nazistas, devido ao fato de que ela era uma grande potência militar. De fato, a França possuía um Exército melhor equipado e mais numeroso do que a Alemanha Nazista, mas as divisões políticas e ideológicas enfraqueceram o país de tal maneira que a sua derrota se tornou inevitável.  

E alguns dos principais motivos dessa fragorosa e humilhante derrota (que reduziu a França à condição de 'potência de segunda classe' no cenário mundial) já estão presentes nos filmes do 'Realismo Poético' francês, sendo que em 'Cais das Sombras' isso já é bastante evidente. 
Vittel, o bêbado, ao lado amigo Jean, que desertou do Exército Colonial francês que guerreava na Indochina, em frente à miserável pousada de 'Panamá', que lhe deu abrigo e o ajudou.

Fica claro, no filme de Carné, que muitos franceses já não confiam mais em seus líderes, instituições e governantes e que eles preferiam viver à margem da sociedade, apelando até para atividades ilegais e criminosas como forma de sobrevivência. Afinal, os problemas gerados pela Grande Depressão estavam longe de ser resolvidos e os conflitos políticos e ideológicos se intensificaram no país neste período. 


E a visão essencialmente pessimista que os cineastas franceses do 'Realismo Poético' tinham da vida, da sociedade e do mundo fica bem nítida quando um pintor diz para Jean que 'quando vejo alguém nadando, já penso nele como um afogado'. 

Logo, não é à toa que temos, no filme de Carné, toda uma atmosfera sinistra, um clima cinzento, escuro e sombrio, com uma névoa permanente, que ameaça a todos (o Nazi-Fascismo?), bem como vemos o fatalismo dos personagens, que são tristes, infelizes e melancólicos. 

Fica bem evidente que eles desejavam ter uma outra vida, mas sabem que isso não está ao seu alcance e acabam aceitando aquilo que a vida lhes oferece, que é um destino trágico, do qual eles não conseguem fugir, embora procurando, mesmo que em um momento breve e fugaz, vivenciar uma situação de felicidade. 
O desertor Jean e o criminoso Lucien entrarão em conflito em vários momento do filme. E o fim será trágico...

A trama do filme!


A história do filme gira em torno de um soldado (Jean), que desertou do Exército colonial francês e que demonstra não acreditar em mais nada. Daí, ele sai vagando pela França, pegando carona com caminhoneiros e acaba se abrigando em uma pousada isolada e decadente (chamada 'Panamá'), na qual perambulam por ali outras pessoas que são tão solitárias, tristes e perdidas quanto ele, pessoas desiludidas como Jean, que procuram, de certa maneira, beber e se unir, mesmo que de forma breve, para poder continuar vivendo. 

O plano de Jean é ir até o porto de Le Havre e, ali, embarcar em um navio que o leve para fora do país (o destino é a Venezuela), a fim de escapar de uma inevitável prisão, caso ele venha a ser denunciado às autoridades. 

Obs2: O desertor Jean é interpretado por Jean Gabin, que fez muito sucesso em vários filmes da década de 1930 e que muitos consideram como sendo uma espécie de 'Humphrey Bogart francês'.

E mesmo com as pessoas com as quais ele cruza percebendo que Jean é um desertor (afinal ele ainda está usando o seu uniforme), ninguém irá denunciá-lo, pois o desencanto com as instituições e com o rumo do país é algo que afeta a muitos franceses, que foram deixados de lado, abandonados pela sociedade e pelo Estado.  

Desta maneira, Jean irá se encontrar com um bêbado (Vittel), que vive querendo dormir num quarto de hotel que tenha uma cama limpa e arrumada, mas que nunca tem dinheiro suficiente para as duas coisas (beber e dormir) e, assim, ele acaba se limitando a beber. 
Jean quer sair da França e embarcar em um navio com destino à Venezuela. Mas o destino que lhe foi traçado e do qual ele não consegue fugir não permitirá que isso aconteça . 

Vittel é quem conduz Jean a pousada de Panamá, onde ele irá 
conhecer um pintor com vocação suicida e que não tem mais vontade de viver (Michel Krauss), bem como terá contato com outras figuras melancólicas, nebulosas e solitárias que irão cruzar o seu caminho em suas andanças: Panamá, o dono desta 'Pousada das Almas Perdidas', que dá abrigo a pessoas que não tem outro local para viver ou para passar o tempo, sendo que sempre procura ajudá-las de alguma forma (oferecendo abrigo, comida, roupas, dinheiro).

E é na Pousada também que Jean irá conhecer uma bonita jovem (Nelly, interpretada por Michèle Morgan), que atrai a atenção e o interesse de todos, inclusive do próprio Jean, é claro. Nelly é uma jovem de 17 anos, perdida e solitária, e com quem Jean terá um breve romance, permitindo que ele desfrute de alguns momentos de felicidade ao lado dela. Porém, depois, quando eles saem juntos, ela descobre que Jean não tem dinheiro algum e coloca algumas notas no bolso dele.

Obs3: No filme 'Cronaca di um Amore' (de 1950; ele já foi comentado aqui no blog), de Michelangelo Antonioni, também vemos uma cena semelhante, na qual a bela Paola Molon (Lucia Bosé) coloca dinheiro no bolso do casaco de Guido (Massimo Girotti), o homem que ela ama e que também está sem dinheiro algum. Antonioni fez parte do Neo-Realismo italiano, que foi influenciado pelo 'Realismo Poético' francês e em 'Cronaca di un Amore' ele parece ter homenageado o filme clássico de Carné. 

Jean também passará a usar roupas civis e irá adotar uma identidade falsa, passando-se por pintor, a fim de poder sair do país no navio que se encontra no porto de Le Havre. 
As brumas do Nazi-Fascismo cobriam uma parte cada vez maior do território europeu em 1938. A sensação de que uma nova Grande Guerra se aproximava era cada vez mais percebida pelos europeus e esse clima de tragédia que se aproxima é bem evidente neste belo filme de Carné. 

Jean e Nelly se apaixonam, vivenciam momentos felizes e, assim, passam a fazer planos de viver juntos, indo embora da França (para a Venezuela), em um navio, que sairá do porto de Le Havre, mas isso não irá acontecer, pois um destino trágico aguarda Jean.


Jean também acabará entrando em conflito com outras pessoas que desejam possuir a jovem e bonita Nelly, como é o caso do pequeno comerciante Zabel, que é o padrinho dela e que confessará estar apaixonado pela jovem. 

E Zabel também faz negócios nebulosos com alguns gângsters (liderados por Lucien), embora não fique claro que negócios seriam esses (contrabando? talvez, afinal aquela é uma região portuária). 

Lucien e seus comparsas estão procurando por outro criminoso (Maurice) e tentam descobrir, com Zabel, onde o mesmo está, mas não arrancam nenhuma informação dele. Com isso, eles vão até a Pousada, onde Zabel se escondeu, e temos uma troca de tiros com o dono (Panamá), que acaba levando os gângsters a ir embora do local. 

Zabel age como se os gângsters fossem pessoas inferiores, que vinham de boas famílias, mas que seguiram um caminho equivocado na vida (do crime), enquanto que ele seria um homem digno, honrado e respeitável. 

Mas não é bem assim... 
Jean e Nelly: O amor foi o que lhes restou para dar algum sentido às suas trágicas, infelizes e solitárias existências. Michèle Morgan interpreta Nelly, uma jovem de 17 anos, e essa era a sua idade na época em que atuou em 'Cais das Sombras'. 

E o líder deste grupo de gângsters (Lucien, um tipo zombeteiro, bom de conversa, mas que não passa de um covarde) também procura se informar sobre o destino de Maurice com Nelly, que é a ex-namorada do criminoso desaparecido. E é claro que Lucien também irá se interessar por Nelly, levando Jean a reagir, estapeando o líder dos criminosos publicamente. 


Lucien, por sua vez, tenta sempre mostrar que é corajoso e que não tem medo de nada, mas não passa de um medroso. Enquanto isso, Jean demonstra um desinteresse total pela vida, tendo uma permanente expressão de tristeza e de melancolia em seu rosto, mas quando se apaixona por Nelly, ele muda radicalmente, passando a acreditar que poderá vir a ser feliz ao lado dela e que, desta maneira, poderá mudar totalmente a vida que o destino lhe reservou. 

Aliás, somente quando se trata de Nelly é que Jean demonstra possuir algum interesse pela vida, pois se apaixonou pela bonita jovem e é ao lado dela que ele vive aqueles que são os únicos momentos realmente felizes de sua existência.  

Zabel, tal como vários personagens do filme, tenta passar a imagem de alguém que seria uma pessoa dotada de inúmeras virtudes (honestidade, moralidade, bom gosto), que seriam típicas das classes mais abastadas, mas depois descobre-se que ele foi o responsável pela morte de Maurice, o ex-namorado de Nelly. 

Assim, a sua natureza maléfica acaba sendo revelada. E isso ainda é comprovado pelo fato de que ele ainda tentou possuir Nelly à força, o que ela repudiou. E por essa tentativa nefasta, Jean acaba atacando e assassinando Zabel. 

Assim, os protagonistas do filme são pessoas que vivem às margens da sociedade e que não conseguem ascender na vida (afinal, estamos em plena Grande Depressão), e tampouco conseguem realizar os seus sonhos, passando a viver do crime, a beber, a desertar, a sair de casa, a viver uma existência errante, marcada pelo desencanto e pela desilusão, bem como por atividades ilegais e imorais. 
Jean ataca o comerciante Zabel, pois este tentava forçar Nelly a ter relações com ele, mesmo sabendo que ela amava o desertor Jean. 

Tais personagens não acreditam em mais nada e, logo, adotam uma postura niilista de vida, preocupando-se apenas em sobreviver e focando apenas em seus próprios interesses, deixando claro uma nítida influência individualista e existencialista sobre o filme de Carné, cujos diálogos são um dos pontos altos do mesmo.


Outro aspecto interessante do filme de Carné é que se percebe claramente como a vida de todos os personagens está, de alguma forma, conectada: Jean, Nelly, Zabel, Lucien, Maurice, Panamá. E todos eles estão predestinados a uma existência melancólica e a ter um final trágico. Eles tentam evitar esse destino, mas fracassam inteiramente. A felicidade não foi feita para eles. 

Afinal, as brumas (o Nazi-Fascismo) que cobrem Le Havre e envolvem aos personagens irá, em breve, se abater sobre todos. E não há nada que se possa fazer para evitar o destino trágico que os aguarda, bem como à população europeia. 

Assim, o filme de Carné acaba antecipando o estouro do mais brutal e sangrento conflito da história humana, que foi a Segunda Guerra Mundial, que matou 50 milhões de pessoas apenas na Europa. 

Obs4: Afinal, em 1938, o governo de Hitler já havia anexado a Áustria (Março de 1938) e no final de Setembro do mesmo ano ele havia assinado o 'Pacto de Munique', por meio do qual anexou os Sudetos, região mais rica e industrializada da então Tchecoslováquia, garantindo o controle de toda a Europa Central para a Alemanha Nazista. Neste momento, já havia ficado claro para muitos, na Europa, que Hitler nunca iria ficar satisfeito enquanto não dominasse todo o Velho Mundo e que, portanto, uma nova Grande Guerra europeia era inevitável. E é justamente esse clima de pessimismo, tristeza, melancolia e de destino trágico e inevitável que vemos neste clássico filme de Marcel Carné. Sem o entendimento do momento histórico durante o qual o filme foi realizado a compreensão do mesmo torna-se impossível. 
O covarde e criminoso Lucien atira e acaba matando Jean. O desejo deste de ser feliz ao lado de Nelly foi destruído.

Obs5:
Os diálogos do filme foram escritos pelo poeta Jacques Prévert, que participou da elaboração de inúmeros roteiros, ficando famoso em função da sua participação nos filmes do 'Realismo Poético' francês dos anos 1930. 


E no fim o conflito entre o gângster Lucien e o desertor Jean acaba com um resultado trágico para este último, que sonhava em ser feliz ao lado da sua amada, Nelly, mas que termina morrendo nos braços desta, que chora desesperada. 

Fim. 

Obs6: O meu interesse em assistir a este belo filme de Marcel Carné veio da leitura do livro 'E os Hipopótamos foram cozidos em seus Tanques', de Jack Kerouac e William Burroughs. No livro, que li há poucas semanas, Kerouac comenta que assistiu ao 'Cais das Sombras' ao lado de alguns amigos e que um deles chegou a chorar copiosamente ao final do mesmo, dizendo que era o mais belo filme que ele já havia assistido em sua vida. 
Cena mostra o momento em que Jean é baleado e morto pelo gângster Lucien.

Informações Adicionais:


Título: Le Quai des Brumes (Cais das Sombras);
Diretor: Marcel Carné;
Roteiro: Jacques Prévert e Pierre Dumarchais, baseado no romance de Pierre Mac Orlan;
País de Produção: França; Ano de Produção: 1938;
Duração: 92 minutos; Gênero: Policial, Drama, Romance;
Música: Maurice Jaubert; Fotografia: Eugen Schufftan;
Elenco: Jean Gabin (Jean); Michèle Morgan (Nelly); Michel Simon (Zabel); Pierre Brasseur (Lucien, o gângster); Édouard Delmont (Panamá, dono da Pousada); René Génin (Dr. Molêne, o Médico); Roger Legris (Garçom do Hotel); Raymond Amos (Vittel, o bêbado), Robert Le Vigan (Michel Krauss, o pintor suicida). 
Prêmios: Louis Delluc (Melhor Direção para Marcel Carné);
Festival de Veneza: Menção Especial para Marcel Carné. 

Informações sobre o filme:

http://www.imdb.com/title/tt0030643/

O governo da Frente Popular na França:

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/historia/28083/hoje+na+historia+1950+%96+morre+leon+blum+lider+socialista+frances.shtml

Lista de Filmes Noir:

https://ajanelaencantada.wordpress.com/2014/09/14/film-noir/
Nelly beija Jean, segundos antes dele morrer. 

Trailer:


Nenhum comentário: